Para um dos segmentos protagonistas no processo de recuperação econômica brasileira, nada mais justo do que fazer uma retrospectiva 2021 do mercado imobiliário. A taxa básica de juros (Selic) começou o ano em 2%, registrando o menor patamar da história para financiamento imobiliário, fazendo mais pessoas passarem a ter condição de comprar imóvel. A projeção é de um crescimento superior a 12% no Brasil em relação ao ano passado. Esse cenário fez a imprensa publicar notícias sobre o aumento no número de contratações de crédito, o bom desempenho nas vendas de terrenos e a expansão dos imóveis de luxo.
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Outros destaques do ano foram o crescimento no número de contratações de trabalhadores, e as novidades para a construção de casas e a tendência de novas residências no interior. Confira a retrospectiva 2021 do mercado imobiliário.
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Crescimento
As previsões de especialistas é de que a construção civil feche o ano com seu maior PIB desde 2014. Os números da área superaram os de 2020 e 2019. Um dos levantamentos divulgados, o da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), mostra q ue foram lançadas 95.342 unidades de janeiro a setembro deste ano, crescimento de 35,3% na comparação com o mesmo período de 2020. De acordo com estimativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), o Valor Geral de Vendas (VGV) deve encerrar este ano em cerca de R$ 99 bilhões no país.
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Mais crédito
O ano de 2021 apresentou um cenário muito positivo para o mercado imobiliário em geral, mesmo com o aumento da inflação e dos juros. A alta da Selic encareceu o crédito imobiliário, mas o mercado continua com as vendas ativas. Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 17,5 bilhões em novembro de 2021. Mesmo em um ano de crise, o montante é 26,8% maior que o de novembro de 2020. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em número de unidades, nas modalidades de aquisição e construção, foram negociados 69,9 mil imóveis, resultado superior em 51,1% se comparado ao de novembro de 2020.
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Juros e inflação
Por outro lado, a alta da inflação pesou nos financiamentos, uma vez que o índice é levado em conta no reajuste. A alta da taxa básica de juros pelo Copom pode afetar o desempenho das construtoras em 2022.
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Trabalhadores
Outro indicador animador para o setor foi o de pessoas ocupadas no setor de construção, que foi o maior desde o início da pandemia.
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Custo da construção
Dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas apontam que o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) desacelerou e subiu 0,3% em dezembro. Com o resultado, o indicador fecha 2021 com alta de 14,03%, ante 8,66% em 2020. Já a taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços disparou 21,45% nos últimos 12 meses, enquanto o índice referente à mão de obra teve alta de 6,95% no mesmo período.
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Tendências
A mídia divulgou também uma série de tendências para o mercado como inovações tecnológicas e construções sustentáveis. Uma dessas novidades foi o surgimento das construções off-set, onde o imóvel é construído numa fábrica e depois transportado e montado no terreno.
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Internet
O acesso à internet para a procura da casa própria em sites como da 1M2 passou a ser uma constante. A veiculação dos anúncios em plataformas de compra e venda ganhou ainda mais importância, assim como fotos de qualidade e descrições completas, oferecendo ao consumidor desde o início do processo de busca mais informações que apoiem a compra.
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Imóveis de luxo
A procura por imóveis de luxo também cresceu, resultado de juros baixos somados à demanda de compradores que estavam em busca de mais conforto e qualidade de vida durante o isolamento social.
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Interior
Houve uma requalificação do morar. A pandemia exigiu que as pessoas ficassem em casa, fazendo com que o lar e, portanto, o mercado imobiliário, tivesse uma relevância maior. A procura por terrenos no interior para construção também registrou crescimento.
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Cenário para 2022
De acordo com especialistas, mesmo com o aumento nos juros, o custo de financiamento ainda está em um patamar aceitável, quando comparado com anos anteriores. A construção de casas mais espaçosas em condomínio com segurança e lazer garantidos seguirá como tendência, já que muitas empresas optaram pelo regime de trabalho híbrido.
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Resumindo retrospectiva 2021 do mercado imobiliário
- Crescimento: previsões de especialistas é de que a construção civil feche o ano com seu maior PIB desde 2014. O Valor Geral de Vendas (VGV) deve encerrar este ano em cerca de R$ 99 bilhões no país.
- Mais crédito: os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 17,5 bilhões em novembro de 2021.
- Juros e inflação: A taxa básica de juros (Selic) começou o ano em 2%, registrando o menor patamar da história para financiamento imobiliário.
- Trabalhadores: o número de pessoas ocupadas no setor de construção foi o maior desde o início da pandemia.
- Custo da construção: Dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas apontam que o INCC fecha 2021 com alta de 14,03%, ante 8,66% em 2020.
- Tendências: inovações tecnológicas, construções sustentáveis e o acesso à internet para a procura da casa própria em sites como da 1m2 passaram a ser uma constante.
- Interior: a pandemia fez da procura por terrenos no interior para construção outra tendência.
- Cenário para 2022: mesmo com o aumento nos juros, o custo de financiamento ainda está em um patamar aceitável. A construção de casas mais espaçosas em condomínio com segurança e lazer garantidos seguirá como tendência, já que muitas empresas optaram pelo regime de trabalho híbrido.
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