Especialistas em vários setores vêm defendendo que o mundo pós-pandemia (intitulado de “novo normal”) será diferente do que estávamos acostumados a ver e tendências ainda anteriores ao coronavírus vão ganhar força. Neste sentido, qualidade da moradia ocupará posição central na preocupação das famílias. Numa realidade em que a residência vira local de trabalho, estudo, exercícios e lazer, mais pessoas buscam se mudar para condomínios horizontais e casas de campo. Com isso, poderão passar mais tempo ao ar livre e ter maior contato com áreas verdes. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, a procura por estes tipos de imóveis aumentou nos últimos meses.
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Estas mudanças, no entanto, não serão sentidas imediatamente, pois é possível que exista um período de ressaca da quarentena, onde todos queiram retomar a vida antiga como se nada tivesse acontecido. Com o tempo, porém, algumas facilidades que surgiram durante 2020 vão ganhar espaço. Nós listamos quais são essas tendências com base nos principais prognósticos internacionais e resumimos mais ou menos o que esperar para os próximos anos. Confira:
Educação:
As aulas à distância serão quase tão comuns quanto presenciais e uma nova modalidade aparece com força: as aulas simultâneas, que ocorrem física e remotamente ao mesmo tempo. Grandes escolas e universidades, sobretudo as privadas, talvez percebam que não precisam de tanto espaço para funcionar, optando por instalações menores. O principal desafio ficará por conta dos professores, que precisarão se adaptar ao novo modelo, provavelmente ainda mais cansativo.
Ambientes de trabalho:
Se já era claro que muitas profissões não precisavam de um escritório para serem exercidas, a prática do home office ainda era alvo de muito preconceito dos mais tradicionais. Esta situação foi forçada a mudar. Menos custos e mais comodidade fazem disso o novo normal para muitos. Não que todos vão trabalhar de casa, mas dois ou três dias durante a semana devem virar padrão. Isso significará menos trânsito e transporte público mais vazio. Reuniões virtuais devem virar padrão.
Imóveis:
Aluguéis de imóveis corporativos e empreendimentos comerciais devem cair no “novo normal” pós pandemia. Boa parte das empresas migrará para escritórios menores ou compartilhados, os chamados coworking. O mercado imobiliário, no entanto, se manterá aquecido com o crescimento da demanda por loteamentos, casas em condomínios e sítios. As pessoas procuram agora por locais maiores para morar, com áreas externas e de lazer, priorizando a saúde mental.
Serviços de delivery:
Com mais pessoas trabalhando de casa, os serviços de delivery continuarão em ampla expansão. Os principais restaurantes, supermercados e estabelecimentos comerciais investirão cada vez mais nisso. O mesmo acontece com o varejo tradicional. Se o comércio online já tinha energia, agora ele será protagonista. Em paralelo, as empresas de logística ganharão ainda mais importância.
Exercícios físicos
As academias, que estavam ampliando seus negócios, podem perder fôlego com a mudança das pessoas para regiões mais afastadas e o risco de contágio de doenças. Por outro lado, os profissionais de educação física devem passar a dar mais aulas em domicílios ou de forma remota. De um modo geral, as pessoas devem começar a preferir exercícios aeróbicos em áreas abertas, como praças e parques, assim como um grande quintal.
Entretenimento:
Os shows serão menores e as lives ainda devem permanecer por conta do baixo custo de produção. Os mais animados farão pequenas festas em casa para acompanhar as apresentações. Filmes chegarão primeiro ao streaming e os cinemas cada vez mais serão um programa vintage. Por outro lado, os drive-ins podem ressurgir.