O brasileiro de uma forma geral nunca se deu bem com os bancos. Isso ocorre por uma série de motivos, principalmente os juros historicamente altos praticados no país, a alta burocracia de um setor que demorou para se modernizar e inúmeros problemas de atendimento. Prova disso é que mais de 45 milhões de pessoas sequer possuem conta bancária no Brasil.
Evitar se envolver com uma instituição bancária, aliás, sempre foi um grande obstáculo para obter qualquer tipo de financiamento, principalmente de imóveis. Poucos sabem, porém, que é possível negociar diretamente com a incorporadora, construtora ou loteadora sem intermediários.
A principal vantagem é que, dependendo do caso, é possível financiar uma unidade mesmo tendo dificuldades de crédito com as instituições financeiras tradicionais. Um banco leva em consideração a capacidade do cliente de honrar os pagamentos do financiamento e dos juros a longo prazo, considerando o cenário macroeconômico, diretrizes internas, histórico daquele cliente com empréstimos anteriores e o que ele pode oferecer como garantia, como carros ou outros imóveis. Já a incorporadora, embora verifique dados semelhantes, analisa especificamente a capacidade do cliente de arcar com aquele financiamento, já que o objetivo final da empresa é vender o imóvel e não fazer uma operação de crédito. Desta forma, a comprovação de renda é menos rígida.
Esta é uma modalidade disponível apenas para os imóveis novos e na planta. Mas o processo é padrão e bem fácil de entender.
Conheça as diferenças
Juros
Em geral, os bancos e outras instituições financeiras cobram juros durante o período de construção do imóvel, que podem ser maiores ou menores conforme a construção progride. Já as construtoras ou incorporadoras oferecem um parcelamento mais previsível, mas cobram a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) a partir da data de assinatura do contrato.
Uso do FGTS
O financiamento direto pela incorporadora não permite o uso do FGTS para começar a pagar um imóvel, como é feito comumente. O saldo retido do fundo só pode ser utilizado para quitar o saldo devedor. Neste sentido, o crédito bancário é mais flexível e o cliente pode escolher quando e como utilizar o fundo de garantia.
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Tempo de financiamento
Em geral, os bancos oferecem linhas de crédito de até 30 anos para quitação do imóvel. Já nas incorporadoras, este prazo raramente é maior que 8 anos. Lembrando que mais tempo de financiamento também significa mais juros.
Portabilidade
Ao fazer um financiamento com a incorporadora, é possível migrar para a instituição bancária posteriormente. O banco quita o saldo com a empresa e assume a cobrança da dívida. O inverso, porém, não ocorre.
Cuidados
Os dois tipos de financiamento são muito parecidos no aspecto burocrático, envolvendo simulação de pagamento, análise de crédito, envio de documentos e análise jurídica. Assim sendo, é importante o cliente estar ciente de quais são as suas opções e pesquisar a fundo o que mais atende a suas necessidades.
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